domingo, julho 20, 2014

Fazer amigos é construir pontes para o infinito


Hoje me ocorreu de tentar identificar o momento em que um simples conhecido passa à condição de amigo. Tem pessoas que aparecem na nossa vida e vão ficando. De repente a gente passa a sentir vontade de fazer algumas coisas juntos: cinema, futebol, música, praia, novela, chope, caminhada, desabafo.
E vem o tempo e as distâncias, mesmo as mais insignificantes, ficam enormes, longes até mesmo de um simples telefonema. Nesses momentos pensamos que aquela amizade, que fora tão forte, não existe mais. Deixamos a mágoa tomar lugar da saudade. Se o amigo não me procura, também não o procuro mais. Deixamos morrer a cumplicidade, o querer bem, a certeza gostosa de se saber querido e a consciência do quanto aquela pessoa nos faz falta, mesmo quando queremos apenas o siléncio.
A falta que o outro nos faz se reflete na falta que fazemos a nós mesmos. Quando não nos permitimos cultivar uma amizade, envelhecemos sem guardar lembranças. De nada nos valerá os bons momentos se não pudermos compartilha-los com alguém somente com o interesse de torná-los eternos.
Penso que fazer amigos é construir pontes para o infinito. Nunca saberemos aonde uma boa amizade nos levará.

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