E acabou a primeira fase da
Copa do Mundo. Há um mês seria difícil imaginar que Itália, Inglaterra,
Espanha e Portugal não passariam para as oitava de final e que Grécia, Argélia
e Suíça estivessem entre os classificados. Alguns podem dizer que essas
seleções eram autenticas zebras, mas não vejo dessa forma. Para mim, esses
países evidenciaram para o mundo o quão surpreendente pode ser uma partida de
futebol.
Temos visto embarques
melancólicos de jogadores que chegaram aqui com a responsabilidade de
encarnarem os salvadores de suas pátrias, mas que o destino os quis como meros
coadjuvantes desse evento grandioso. Outros chegaram anônimos e voltarão aos
seus países cobertos de glória.
Não dá para esquecer a
atuação milagrosa de Guilermo Ochoa contra a seleção brasileira, nem tão pouco
a garra do uruguaio Alvaro Pereira na partida contra a Inglaterra se recusando
a sair de campo após levar uma joelhada na cabeça. Esses jogadores encarnaram o
espírito da competição. Foram a campo defender mais do que as cores de seus
países. Foram defender o orgulho de seus compatriotas em praticarem um dos
esportes coletivos mais extraordinários do planeta.
Agora a tensão irá aumentar
consideravelmente. Os gritos serão mais intensos. A vitória será mais sofrida. A
derrota, para alguns, será menos vexatória. Haverá honra para aqueles que,
chegando aqui sem nunca terem passado da primeira fase, foram a campo e
demonstraram o tamanho de seus sonhos.
Então estejamos prontos para
assistir essas verdadeiras batalhas. A glória está reservada àqueles que não
medirem esforços para serem vencedores e deixarem o campo encharcado de seus
suores e de suas magias. Um campeão se faz com determinação e muita ousadia.
Vamos lá Brasil!