Somos um povo cordial. É fato.
Mas o congraçamento entre os povos que temos visto nas arquibancadas durante
essa Copa é, sem dúvida alguma, o ponto alto desta competição. É claro que
temos visto excelentes partidas de futebol, com raríssimas exceções, o que
também tem contribuído para a beleza do espetáculo.
O que temos visto nas ruas,
bares, estádios e pontos turísticos deixa-nos com uma grande sensação de
alívio, temerosos que estávamos de não realizar uma grande Copa do Mundo e,
principalmente, da imagem negativa que os estrangeiros poderiam levar de nosso
país.
Nosso povo está se
desdobrando para receber e agradar torcedores do mundo inteiro que chegam ao
nosso país havidos para conhecerem as nossas belezas naturais e a alegria que
nos é tão peculiar.
Há pessoas que teimam em
misturar a Copa com política, mas o povo está demonstrando na prática que “uma
coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.” O cidadão comum está descontente
com seus líderes e com o encaminhamento das questões econômicas. É vergonhoso
termos políticos presos e participantes ativos nas questões do partido que
governa o país, mas isso nada tem a ver com a Copa.
Nós queremos fazer a melhor
Copa do mundo e deixarmos uma boa impressão em todos os torcedores que vierem
nos visitar. Queremos mostrar um Brasil exuberante, um povo acolhedor e alegre,
e, principalmente, que sabe respeitar as diferenças. Sim, temos os nossos
problemas, mas trataremos disso depois da Copa.
Agora o momento pertence ao
futebol, independente das nacionalidades. Que o espetáculo continue sendo belo,
que os artistas da bola continuem respeitando o torcedor brasileiro e aqueles
que vieram ao nosso país em busca da magia e do espetáculo que reúne jogadores,
árbitros e torcedores em volta de uma esfera redonda. A bola vai continuar rolando,
os gols continuarão a ser motivo de gritos e abraços. Como uma onda que nasce
no infinito, a magia do futebol continuará a reinar entre nós, levando a
torcida a explosões de eterna felicidade.