Tento compartilhar da
pretensa euforia com que as emissoras de televisão propagam a vitória do Brasil à
frente da fraca seleção de Camarões, mas não consigo. O jogo que vi foi xoxo,
sem qualquer lance daquilo que nos acostumamos a chamar de bom futebol.
Talvez tenhamos mesmo que
nos contentar com o que nos foi apresentado. Lançamentos da intermediária
buscando os mágicos pés de Neymar ou a cabeça inconstante de Fred. Sem um
lampejo sequer de criatividade no meio de campo, dependeremos da sorte, essa
madrasta que tantas vezes nos fez ficar pelo meio do caminho.
Talvez sejamos eternamente
órfãos do escrete de setenta e da magia da seleção de oitenta e dois. É difícil
acreditar que esses mesmos jogadores que nos fizeram vibrar na Copa das
Confederações possam agora nos deixar inseguros com o futuro da seleção, mas o
fato é que eles ainda não nos deram uma vitória convincente, daquelas que
possamos bater no peito e dizer a plenos pulmões: o campeão voltou!
Na falta de uma
vitória maiúscula, temos que nos contentar com os sobressaltos provocados por
uma defesa inconstante, mas somos brasileiros e não desistimos nunca. Torço
para que, mesmo aos trancos e barrancos, nossa seleção possa estar presente no
Maracanã na grande final e que nesse dia, os deuses do futebol olhem por nós.
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